Instituto Histórico IMPHIC - Betim

"Sapio ut Protegam, Protego ut Praeservam"

ESTE É UM TEXTO DE DINIZ, Diana M. F. L. (coord.). Textos para a História de Sergipe.UFS.1991 MUITO INTERESSANTE QUE PODEMOS USAR COMO BASE PRA INICIAR NOSSA DISCUSSÃO.

1. CONCEITO DE HISTÓRIA:
- História é a ciência que estuda a mudança.
- História é vida, é movimento, é transformação.
- a História estuda a vida humana através do tempo: estuda o que os homens fizeram, pensaram ou sentiram enquanto seres sociais.
- Processo de transformação onde todos os homens são agentes das constantes mudanças que ocorrem: processo histórico.
2. O TERMO HISTÓRIA:
- os gregos foram os primeiros a utilizá-lo: histor, originalmente, significava aquele que apreende pelo olhar, aquele que sabe, o testemunho, aquele que testemunhou com seus próprios olhos os acontecimentos.
- “História” (“his” + “oren”) significava apreender pelo olhar aquilo que se sucede dinamicamente, ou seja, testemunhar os acontecimentos, a realidade.
- por influência de Heródoto, que deu o título de Histórias ao resultado de suas pesquisas acerca das Guerras Médicas, o termo assumiu o sentido particular de busca do conhecimento das coisas humanas, do saber histórico.
- História passou a significar a busca, a pesquisa e também os resultados compilados na obra histórica.
3. SENTIDOS DA PALAVRA HISTÓRIA:
- realidade histórica: conjunto dos fenômenos pelos quais se manifestou, se manifesta ou se manifestará a vida da humanidade Ò a realidade objetiva do movimento do mundo e das coisas.
- conhecimento histórico: a observação subjetiva da realidade pelo historiador.
- obra histórica: o registro da observação da realidade feita pelo historiador num relato escrito.
4. O AGENTE DA HISTÓRIA:
- O Homem é o agente fazedor da História
5. CULTURA:
- Cultura é a maneira de manifestar vida de um grupo humano. - é o conjunto das diversas formas naturais e espirituais com que os indivíduos de um grupo convivem, nas quais atuam e se comunicam e cuja experiência coletiva pode ser transmitida através de vias simbólicas para a geração seguinte. - o Homem produz cultura: produz objetos e idéias de acordo com suas necessidades de sobrevivência.
6. FONTES HISTÓRICAS:
+ vestígios (documento) que permitem a reconstituição do passado.
- arqueológicos: restos de animais, utensílios, fósseis, ruínas de templos, palácios e túmulos, esculturas, pinturas, cerâmicas, moedas, medalhas, armas, etc.
- escritos: códigos, decretos, tratados, constituições, leis, editais, relatórios, registros civis, memórias, crônicas, etc.
- orais: tradições, lendas, mitos, fábulas, narrações poéticas, canções populares, etc.
7. FATO HISTÓRICO:
- o fato histórico é o objeto de estudo da História.
- é singular, irreversível e de repercussão social.
8. CIÊNCIAS AUXILIARES DA HISTÓRIA:
- Economia: estuda os meios de produção, distribuição, consumo e circulação da riqueza.
- Sociologia: estuda o homem em sociedade.
- Geografia: estuda a superfície da terra no seu aspecto físico e humano.
- Antropologia: estuda o homem no aspecto biológico e cultural.
- Arqueologia: estuda as culturas extintas.
- Paleontologia: estuda os fósseis.
- Cronologia: localização dos fatos no tempo.
- Paleografia: escritos antigos em materiais leves.
- Epigrafia: escritos antigos em materiais pesados.
- Heráldica: brasões, escudos e insígnias.
- Numismática: moedas.
9. PARA QUE SERVE A HISTÓRIA?
- para dar consciências aos homens do seu poder de transformar a realidade.
10. PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA:
• Periodização Tradicional: Pré-História e História.
+ Pré-História:
I. Paleolítico.
II. Neolítico.
+ História:
I. Idade Antiga: da invenção da escrita (4.000 a.C.) até a queda do império romano (476).
II. Idade Média: da queda do império romano até a tomada de Constantinopla (1453).
III. Idade Moderna: da tomada de Constantinopla até a Revolução Francesa (1789).
IV. dade Contemporânea: da Revolução Francesa até os dias atuais.
- nem todos os historiadores concordam com a periodização tradicional da História baseada na história política.
- existem outras propostas de divisões inspiradas, por exemplo, no enfoque econômico (modo de produção), tecnológico-científico, etc.
- a divisão da História em períodos não é precisa nem natural.
- a divisão tradicional da História é hoje bastante discutível porque uniformiza os vários períodos quanto a sua importância, conduz à idéia de hierarquia nos vários acontecimentos, leva em consideração apenas a civilização ocidental e demonstra a fragilidade desta compartimentação, relegando fatos históricos também considerados importantes.
- o tempo é universal, mas não é absoluto.
- nem todos os povos adotam o calendário cristão (calendário gregoriano, instituído pela Igreja Católica no séc. XVI, para adequar o anterior (Juliano) às suas festividades religiosas). Muçulmanos e judeus, por exemplo, têm sistemas próprios de demarcação de tempo.
11. TEORIA DA HISTÓRIA:
- a historiografia é a arte ou o modo de escrever a História ou o estudo crítico da História.
- os conceitos de espaço e de tempo, essenciais no conhecimento histórico, evidenciam a inter-relação da História com a Geografia.
- a História, como as outras formas de conhecimento da realidade, está sempre se constituindo: o conhecimento que ela produz nunca é perfeito ou acabado.
- a História dos homens na transformação da natureza e na organização das sociedades é objeto de controvérsia permanente para historiadores e cientistas sociais.
- o passado histórico não deve ser apresentado de maneira única, como uma verdade absoluta, desvinculado das discussões que envolvam o presente.
- o historiador não é homem neutro, imparcial e isolado de sua época. O mundo de hoje contagia de alguma maneira o trabalho do historiador, refletindo-se na reconstrução que ele elabora do passado.
- a compreensão do presente e o estudo do passado não se relacionam entre si de forma mecânica, estreita e determinista.
PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRIA
“Quando vivemos num lugar somos reco¬nhecidos por alguma coisa que fazemos, pelo que fazem nossos pais ou as pessoas com quem vivemos, ou por coisas que nos vão acontecen¬do. Fazendo amigos, indo à escola, trabalhan¬do, ajudando aos outros, brincando, marcamos a nossa vida e as vidas das pessoas que nos cer¬cam.
Tudo o que fazemos, o que criamos ou inventamos, é a partir do que vemos, do que sentimos e do que aprendemos. E tanta coisa! Há jeitos diferentes de viver, de tratar o meio ambiente e os animais, de cuidar dos doentes,fazer festas e comidas, mas tudo isto fala ~mos. Também as brincadeiras, as músicas que -cantamos, as danças, os jogos, as histórias. Chamamos a este conjunto de coisas de Patrimônio Cultural. Ele é constituído pelo que já encontramos desde que nascemos, mas também pelo que vamos construindo e acrescentando com a nossa vida e a nossa ação. É como uma “herança” que todos recebemos ao nascer e que faz o con¬junto dos bens que pertencem a um povo ou a um país: o meio ambiente, tudo o que se es¬creve nos livros, o que se produz nas artes, tudo o que se aprende e se faz para sobreviver (como o saber subir em árvores, saber pescar, plantar e colher, saber cuidar dos animais, saber na¬dar...); e tudo o mais que é necessário para vi ver bem (como cozinhar, costurar, construir fabricar, instalar; assim como os objetos que se fabrica, as construções, as cidades). Esta “herança” é o patrimônio cultural.
Somente conhecendo o patrimônio cultu¬ral de uma comunidade podemos entender um pouco o que ela é: o que fazem as pessoas que ali vivem, e até o que desejam e sonham, pode¬mos enfim conhecer a sua história. Por isto os historiadores, para escrever os livros de Histó¬ria, vão procurar informações estudando os bens do patrimônio cultural. Eles pesquisam dados do meio ambiente, buscam documentos nos ar¬quivos, museus e bibliotecas, lêem livros, entrevistam pessoas, estudam outros tipos de bens culturais.
Podemos aprender História nos livros, mas precisamos também entender como trabalham os historiadores e, como eles. conhecer o que di¬zem os documentos, os monumentos, as fotogra¬fias, as manifestações ar¬tísticas, os documen¬tários da TV ou do cine¬ma, os jornais, ou o que nos dizem as lembranças dos mais velhos. Assim veremos como é fasci¬nante a nossa história, quanto há o que aprender com ela! Certamente va¬mos entender e valorizar este patrimônio, que fala da nossa história e que, portanto, fala sobre nós mesmos”.
Texto extraído: SANTOS, Lenalda Andrade e. Para Conhecer a História de Sergipe. SEED. 1998.
PATRIMÔNIO CULTURAL
I. Patrimônio Cultural:

• Ultimamente, os jornais, as revistas e a própria televisão estão a dar ênfase a uma assunto até há pouco sem interesse maior ao povo, que é esse tema ligado às construções antigas e seus pertences, representativos de gerações passadas e que, englobadamente, recebem o nome genérico de “Patrimônio Histórico”, ao qual, às vezes, também é aposta a palavra “artístico”. Na verdade, essa expressão usual abrange somente um segmento de um acervo maior, que é o chamado Patrimônio Cultural.
• Patrimônio Cultural pode ser definido como um conjunto de bens culturais, antigos e novos, representativo das manifestações culturais de uma nação ou de um povo.
• É incomensurável o número total de bens que compõem o Patrimônio Cultural de um povo, de uma nação ou de um pequeno município.
• O Patrimônio Cultural de uma sociedade ou de uma região ou de uma nação é bastante diversificado, sofrendo permanentemente alterações.
• Nem só de cidades e monumentos é formado o Patrimônio Cultural: quadros, livros ou mesmo fotografias que documentem a memória e os costumes de uma época também fazem parte do acervo cultural.
• Muitas pessoas, ainda hoje, confundem Patrimônio Cultural com amontoado de velharias, não sabendo que agora também estão, enquanto vivem, a enriquecer, ou a empobrecer, nosso elenco de bens representativos.
• A problemática do Patrimônio Cultural deve ser encarada de modo bastante abrangente, isto é, abordando todo o elenco de bens culturais de um povo, sem atentar, necessariamente, ao aspecto histórico.
• Patrimônio Oficial é aquele que legalmente reúne poucos e escolhidos bens culturais eleitos como preserváveis à posteridade.
• Nenhum país pode se vangloriar de possuir preservado o seu integral Patrimônio Cultural, representado de modo condigno por acervos museológicos, arquivos, mostruários, construções e urbanizações partícipes de ecomuseus que realmente sejam representações corretas de todo o seu desenvolvimento cultural.
• Podemos dividir o Patrimônio Cultural em três grandes categorias de elementos: os elementos pertencentes à natureza, ao meio ambiente; os elementos referentes ao conhecimento, às técnicas, ao saber e ao saber fazer; e os elementos chamados bens culturais que englobam objetos, artefatos e construções.
• Os bens culturais podem ser de interesse (valor) nacional, regional ou local.
• O Patrimônio Cultural deve ser encarado de modo bastante abrangente, não se limitando ao aspecto arquitetônico, ou seja, às construções antigas e seus pertences.
• O Patrimônio Cultural de um povo abrange todas as suas manifestações culturais, não só seus artefatos, mas, também sua música, dança, cantos, representações e histórias do povo, seus usos, costumes, assim como o seu “saber”, o seus “saber fazer” e, inclusive, o meio ambiente.
• De todos os elementos que compõem o Patrimônio Cultural, os mais importantes são os artefatos, ou seja, objetos e construções.
• A palavra artefato, quando contextualizada no tema Patrimônio Cultural, tanto pode designar um machado de pedra polida como um foguete interplanetário ou uma igreja ou a própria cidade em volta dessa igreja.
• Nosso pais é jovem e nos seus quinhentos anos de vida conseguiu aqui e acolá seu acervo de bens, absolutamente típicos de uma cultura nascida de três raças em paisagem paradisíaca.
• No próprio nome da entidade oficial destinada à defesa do “Patrimônio” Nacional Brasileiro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), se distinguem apenas os bens “artísticos” dos “históricos”, desconsiderando a abrangência da problemática do Patrimônio Histórico.
II. Preservação do Patrimônio Cultural
• Preservar é conservar, manter, defender, registrar e resguardar, de qualquer maneira, o que for significativo dentro de nosso vasto repertório de elementos componentes do Patrimônio Cultural.
• Um bem cultural é inseparável do meio onde se encontra situado e, bem assim, da história da qual é testemunho, logo, na sua preservação, é imprescindível relacioná-lo com o seu meio ambiente, com sua área envoltória, com seu contexto sócio-econômico, recusando-se a encará-lo como trabalho isolado no espaço.
• O tombamento é um atributo que se dá ao bem cultural escolhido e separado dos demais para que, nele, fique assegurada a garantia da perpetuação da memória.
• Bem cultural de interesse nacional é aquele ligado ao quadro de elementos determinadores da identidade pátria, imprescindíveis à exata compreensão da nossa formação.
• O Patrimônio Cultural deve ser preservado e não importa a forma: se através de coleções particulares, do mercado de arte ou da proteção de entidades governamentais. O necessário é preservar, já que o que não é patrimônio histórico desaparece com o tempo.
III. Memória Social
• A memória social depende da preservação sistemática de segmentos do Patrimônio Cultural.
• Para garantir a compreensão de nossa memória social, se faz necessário preservar o que for significativo dentro de nosso vasto repertorio de elementos componentes do Patrimônio Cultural.
• No Brasil, poucos, muito poucos, têm uma visão global do problema e da necessidade da defesa da memória e de seus bens representativos.
• Em nosso país, é comum o descaso impune que assiste à destruição desnecessária de elementos do Patrimônio Cultural.
• No Brasil, é clara a falta de esclarecimento popular sobre a importância da preservação de nosso Patrimônio Cultural. Esta deseducação coletiva promove o descaso popular por tudo que represente o passado morto, sendo o futuro sempre uma espécie de sonho dourado - inconscientemente buscam todos melhoria de vida destruindo lembranças de antigamente.
• A preservação de bens culturais, na maioria das vezes, limitou-se a preservar objetos e construções da classe dominante, negligenciando os artefatos do povo.
CULTURA POPULAR NO BRASIL COLONIAL
I. Cultura Popular

• A realidade cultural de cada povo, seus hábitos e costumes, suas condições materiais, resultam de sua própria história; a cultura é algo global, que está presente em todos os aspectos da vida.
•Não existe cultura única em um país e, em termos de classes sociais, cada qual produz a sua cultura, de acordo com as condições de cada uma.
•Da desigualdade entre as classes sociais e, portanto, da desigualdade entre as respectivas culturas, deriva a classificação da cultura, em Cultura de Elite e Cultura Popular.
• A Cultura Popular é a que é vivida pelas camadas populares.
• A Cultura Popular é geralmente anônima, produzida em qualquer lugar, podendo ser nas ruas, no trabalho, em casa.
• As manifestações culturais consideradas populares têm influência dos três elementos básicos étnicos fundamentais que formam o povo brasileiro.
• O folclore é uma manifestação artística popular que se situa entre a oralidade e a escrita.
• Não há uma manifestação em que exista apenas um elemento exclusivo, seja branco, negro ou indígena.
• Foi só a partir do século atual que os pesquisadores eruditos começaram a sistematizar o estudo das manifestações culturais da população iletrada.
• É enorme e rica a contribuição dada pelos povos índios e pelos negros escravizados, desde a nossa formação histórica, à cultura brasileira.
• O folclore mostra como as camadas populares, que não têm acesso aos meios letrados, preservam e transmitem (ou renovam) as tradições.
• Os caboclos e mulatos brasileiros, herdeiros das culturas dos índios e dos negros, com as influencias da tradição lusitana, mesclaram tudo isso nas festas de São João, nos reisados, nos maracatus, nas capoeiras, nos sambas, na macumba, na poesia popular de cordel.
• Os africanos nos trouxeram o ritmo e a força que sobrevivem nas danças e nas religiões populares.
• Os índios forjaram a tradição de lendas, costumes, superstições populares, danças, cantos e maneiras de fazer comidas.
II. Festas
• Desde a Antiguidade, as festas são conhecidas por seu caráter de inversão da ordem. Ou seja, enquanto duram, regras e obrigações cotidianas são abandonadas; é como colocar o mundo de ponta-cabeça. No Brasil Colonial, as festas também exerciam esse papel.
• As festas mais comuns do Brasil Colonial eram as relacionadas ao calendário religioso católico, freqüentemente iniciadas por procissões a fim de homenagear ou relembrar eventos cristãos.
• Não só as datas religiosas eram motivo para realização de festas públicas, também serviam de pretexto as aclamações de um soberano, os casamentos reais ou aristocráticos e outros acontecimentos de caráter político.
• Eram comuns nessas festas misturarem-se rituais das culturas negra e indígena.
• Nos dias de festa, ricos e pobres, brancos e negros, pareciam diminuir suas diferenças. Era a ocasião em que se ofereciam alimentos ao povo da rua. Ao contrario do que ocorria no cotidiano, a comida era farta e consumida por todos. Assim, a festa extrapolava o motivo oficial para transformar-se em um momento de negação das regras do dia-a-dia.
• As congadas ou festas do Rei Congo trata-se de um ritual que inclui a coroação de um rei e uma rainha negra; rememoravam-se tradições africanas e utilizavam-se vestimentas e danças tipicamente africanas.
• No entrudo, festa introduzida no Brasil pelos portugueses, fabricavam-se limões-de-cheiro - bolas de cera cheias de água perfumada - com os quais se organizavam batalhas entre os passantes das ruas das cidades. Os negros substituíam o limão-de-cheiro (mais caro) por polvilho e água. Era comum, nesse dia, os negros vestirem-se com roupas típicas européias, fato proibido em circunstâncias normais.
• O batuque retrata a dança de roda praticada pelos negros escravos. Ao som de instrumentos de percussão, durante a dança ocorriam as “umbigadas”, quando a pessoa que está no centro da roda vai ser trocada por outra, o substituto leva uma umbigada do solista.
• Outra forma popular de divertimento era dançar o lundu aos pares e acompanhado de violão. Os negros dançavam sem para noites inteiras, escolhendo por isso, de preferência, os sábados e as vésperas dos dias santos. Era também uma dança praticada pelos portugueses e assemelhava-se ao bolero dos espanhóis.
• As manifestações da cultura popular verificadas no Brasil Colonial não devem ser consideradas inferiores as da cultura erudita e, por isso, não devem ser relegadas ao esquecimento, ao descrédito e ao obscurantismo.
Sincretismo Santológico
- Os africanos vindos ao Brasil na condição de escravos, não tiveram liberdade de culto. Assim é que, driblavam os brancos quando fingiam distraírem-se com atividades tidas como brincadeiras, também chamadas Oba, mas que na realidade era o ritual de louvação aos seus deuses.
- As Oba eram brincadeiras de largo nos quais os escravos fingindo distrair-se, profanamente cultuavam seus orixás. Estas brincadeiras tinham aspecto carnavalesco.
- Para escaparem da repressão senhorial, os negros passaram a identificaram seus deuses (orixás) com os da Igreja Católica, muito embora o culto fosse realizado na intenção dos orixás.
- Os escravos negros adotam os nomes dos santos da Igreja Católica, mas mantêm seus próprios cultos, demonstrando, assim, um grau de resistência muito grande.

Exibições: 186

Rede de Defesa do Patrimônio

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