Instituto Histórico IMPHIC - Betim

"Sapire ut protego, Protego ut conservo"

Hoje, 14/09/2013 nossa Betim completa seus 302 anos de existência e nosso Instituto completa 05 anos da reunião em que esse movimento nasceu. Que tal programarmos algumas conversas sobre estes três séculos de história?

Betim é uma cidade que nasceu como ponto de descanso para os bandeirantes paulistas do Brasil-Colônia e como posto avançado dos mesmos ao estabelecerem aqui uma "Bandeirinha". O arraial que outrora atraiu desbravadores do período colonial, hoje atrai outros tipos de desbravadores: empreendedores, empresas em busca de uma região estratégica para se instalarem.

Às margens do "Ribeirão da Cachoeira" nossa cidade hoje, 14/09/2013 completa seus 302 anos de povoamento. O sertanista que deu origem ao nome da cidade, emancipada em 1938, chegou aqui em 1711 para estabelecer um posto avançado dos paulistas após a Guerra dos Emboabas durante os estabelecimentos dos domínios dos paulistas nas terras que estavam sendo distribuídas pelo Governador Antônio de Albuquerque.

Joseph Rodrigues Betim, sem dúvida foi o pioneiro, porém não ficou aqui muito tempo. Em 1713 foi embora para Pitangui com o sogro Francisco Bueno de Camargo, dos Camargo de Piratininga e Atibaia/SP

De acordo com Geraldo Fonseca, os primeiros donos de terras da região, além de Joseph Rodrigues Betim, foram Manoel Rodrigues de Lima, que comprou um sítio na região de Bandeirinhas em 1745; o Capitão-Mor Thomé de Andrade Freire que em 1746 vivia em um sítio chamado Bom Jardim; o Alferes João Pinheiro da Silva que em 1746 habitava em um sítio vizinho ao Cap. Thomé; O Sr. Francisco de Faria Rocha em um sítio as margens do "Córrego do Betil da Paraupeba; o Sr. Manoel de Faria Rocha em 1747 com um sítio as margens do "Córrego chamado Beti"; o Cap. Francisco Marques da Silva Rabello em 1749 com um sítio junto ao "rio do Bitim"; o Sargento-Mor João Peixoto da Silva em um sítio na região da Serra Negra; Bento da Cunha Aranha em 1751 em um sitio na região da Serra Negra; José Peixoto da silva – 1751 sitio na região da serra negra; Francisco de Almeida Sande em 1751 com um sitio “ao pé da serra do rodeadouro que vai para a Contage”; João da Silva Rabello tinha em 1753 um sitio a beira do Paraupeba; João Ribeiro Vasconcellos em um sitio na região da Serra Negra;  Manoel Teixeira Troycho em 1754 com um sitio na região das paragens do Betim; Francisco Faria Rocha em 1755 com um sitio junto ao “Corrego chamado Betin”; Manoel Francisco Gomes em 1758 com um sitio na região da Bandeirinha; Domingos Gonçalves em 1760 com um sitio na região da divisa com Mateus Leme; João Nunes da Fonseca em 1761 com um sitio na região do Paraupeba; Alexandre Pereira da Gama em 1764 com um sitio na região do riacho do Betim; João Moreira Barbosa em 1770 com um sitio na região da Serra Negra; José Antônio em 1770 com um sitio na região da Serra Negra; Baltazar Fernandes Sarzedas em 1773 com um sitio na região de Sarzedo; Bernardo Moreira dos Santos em 1773 com um sitio na região da Serra Negra; Bacharel João Caetano Pinto em 1784 com um sitio na região do “ribeirão do Beti”; João Nogueira Duarte em 1784 com um sitio na região da Serra Negra. Em diversar regiões da cidade temos registros de moradores como em Serra Negra: Bernardo Ferreira de Friaz, Tereza da Silva, João Arantes do Prado, José da Silva Grassa, Jerônimo Tavares do Regô, Francisco da Costa Pinto, Manoel de Souza Tavares, Cristovam da Silva, Pedro Rodrigues Monda, Antônio Vaz Carneiro, Antônio José da Cunha, Eugênia da Silva, Manoel Fernandes Casqueiro, João Gonçalves Peixoto, João da Silva Grassa, José da Rocha Compasso, José Pires Pacheco; Bandeirinha: Antônio Pereira Brito, João Gonçalves Viana, Francisco Xavier Vieira, Manoel Barreto, João Mendes Vitancor, Maria Carneiro, Rita Mendes de Souza, Páscoa da Silva, Silvestre Val Costa, Manoel Rodrigues Correa e nos arredores da Capela: João Freire de Souza, Antônio Teixeira da Cunha e o Padre Antônio Carneiro Leão

Na primeira metade do século XIX vemos um arraial composto de 73% de sua população formada por mestiços e cuja vocação fabril já era patente pois a maior atividade exercida era a fabril (fiandeiras) que correspondiam a 11% da população da época. Essa vocação fabril vem se consolidar no século XX com o inicio da industrialização da cidade com a instalação da Usina Hidrelétrica Dr. Gravatá, posteriormente com a instalação da Cerâmica Brasileia, Cerâmicas Minas Gerais, Cerâmica Saffran, Ikera, Refinaria Gabriel Passos, Fiat e o polo de empresas do setor Automobilístico e Petroquímico.

Hoje aos 302 anos de existência, Betim no século XXI se consolida como uma das mais importantes cidades do cenário Mineiro e Nacional.

Portanto,  parabéns a Betim pelos seus 302 anos, Parabéns a todos os betinenses de nascimento e de coração que ajudaram a transformar o "arraial do Ribeirão da Cachoeira" na potência econômica que brilha no centro da antiga Capitania das Minas Geraes!

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